de Agusto Bobone; 1889. ( 27 x 32 cm.)
No jardim da casa do conde de Arnoso, na Rua de S. Domingos à Lapa, Lisboa; onde se vêem (da esquerda para a direita) : sentados, Carlos Mayer, Oliveira Martins e Ramalho Ortigão, de pé, Marquez de Soveral, Conde de Sabugosa, Carlos Lobo d’Ávila, e Eça de Queiroz; sobre a escada, Guerra Junqueiro, Conde d’ Arnoso e Conde de Ficalho.
Vencidos da Vida é o nome por que ficou conhecido um grupo informal formado por personalidades intelectuais de maior relevo da vida cultural portuguesa das últimas três décadas do Sec. XIX, com fortes ligações à chamada Geração de 70.
" (...) Sabugosa (lembrado por Silva Gaio) disse que o «vencidismo» era difícil de classificar. «Foi um estado de espírito originado de afinidades já existentes e das que uma convivência delas nascida, mais avolumou e multiplicou». E Eça recordou que os detratores talvez se irritassem pelo facto de se chamarem a si Vencidos «aqueles que para todos os efeitos públicos parecem ser realmente vencedores». Este, no fundo, é o grande tema. A cultura portuguesa do século XX foi profundamente marcada por esses homens que se chamaram de vencidos criticamente por causa daquilo que Eduardo Lourenço sintetizou: «interrogávamo-nos apenas pela boca de Antero e de parte da sua geração, para saber se ainda éramos viáveis, dada a, para eles, ofuscante decadência». Daí Unamuno ter considerado esse o nosso século de ouro. Não poderia haver fatalismo, mas sim sentido crítico, para que os mitos não se tornassem em bezerros de ouro(...)."
" Paris fez a Revolução, Londres deu Shakespeare, Viena deu Mozart, Berlim deu Kant, Lisboa... deu-nos a nós – que diabo! "
(Eça de Queiroz)
Em excelente estado de conservação. Bonita moldura em madeira.
Importante e Rara Peça de Colecção.